Deputados comemoram reeleição de Dilma, mas repudiam “intervencionismo" da imprensa

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Deputados da bancada do PT na Câmara discursaram nesta terça-feira (28) para destacar importância da reeleição da presidenta Dilma Rousseff para a continuidade das políticas de inclusão. Ao mesmo tempo, repudiaram o intervencionismo de setores da imprensa brasileira no processo eleitoral. Para eles, a liberdade de imprensa e expressão conquistadas ao longo dos anos não serve de justificativa para que a mídia brasileira interfira no processo eleitoral.
“Assistimos a uma campanha que não envolveu só a oposição, mas teve apoio e reforço dos principais meios de comunicação deste País”, denunciou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).Segundo ele, esses setores se utilizaram de todas as formas para combater o Governo e tentar impedir a renovação do mandato da presidenta Dilma.
Ele lembrou que apesar de todos os movimentos contrários, a presidenta Dilma foi à luta, soube enfrentar, debater e apresentar os bons resultados do governo. “Ela mostrou para a maioria do povo brasileiro os resultados concretos de um projeto que visou modificar o Brasil, democratizar o País, tanto no aspecto político como no social”, disse Zarattini.
Preconceito eleitoral - O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) citou “o preconceito eleitoral” construído em cima do ódio e do qual  o Partido dos Trabalhadores é a principal vítima e foi incitado por setores da mídia brasileira.
“O ódio contra os petistas, contra os pobres, contra os pretos e contra os nordestinos foi uma construção que partiu de meios de comunicação como a revista Veja, a TV Globo, o jornal O Globo, O Estado de S. Paulo, e, é lógico, de parte dos partidos que apoiava e do próprio PSDB, do candidato Aécio Neves”, condenou Dr. Rosinha. De acordo com o petista, o PT precisa superar essa construção de ódio e mostrar à sociedade brasileira que a verdadeira construção é a de uma sociedade inclusiva, justa, com distribuição de renda.
Para o deputado Francisco de Assis (PT-SC) a campanha do ódio contra o PT não é novidade. Ele citou uma frase do ex-presidente Lula: "Eles nos odeiam pelo que fizemos de bom, não pelos nossos erros". 
O petista questionou ainda: “Por que se odeia o PT se o nosso Governo melhorou a vida dos mais pobres, elevou o salário mínimo para mais de 300 dólares, reduziu o desemprego para taxas mínimas, incluiu mais de 40 milhões de brasileiros no mercado de consumo com acesso à comida na mesa, casa, carro, e até viagem de avião?”.
Terrorismo - Já o deputado Marcon (PT-RS) acrescentou: “Quando o desespero e o terrorismo batem, o povo, o trabalhador é quem segura. O que é a revista Veja, o que é a Rede Globo, o que é a invenção de dizer que haviam envenenado o doleiro? Isso não é jornalismo. Isso é terrorismo que a direita, que o capital, que os ricos fizeram nessas eleições”, lamentou.
Intolerância - O deputado Renato Simões (PT-SP) destacou o discurso proferido pela presidenta Dilma sobre as grandes reformas estruturais do Brasil. Ele registrou também as demonstrações de intolerância ao longo do processo eleitoral.
“Infelizmente, em São Paulo presenciamos um conjunto de declarações altamente condenáveis, do ponto de vista da consciência nacional, de preconceito contra nordestinos, nortistas e pessoas pobres de todo o País, que estão sendo responsabilizadas pela vitória da presidenta Dilma como se tivessem cometido um ato lesivo aos interesses nacionais. Pelo contrário, o voto dessas pessoas orgulha-nos” disse Simões.
Em seu discurso, a deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) citou uma frase da presidenta Dilma que classificou de comovente: “O que me leva adiante — disse Dilma — é a paixão pelo povo brasileiro”. De acordo com Janete, a presidenta deixou claro que, apesar dos preconceitos, ela (Dilma) “vai olhar todos como iguais, sem nenhum preconceito e nenhum racismo”.
Os deputados petistas Benedita da Silva (RJ)Leonardo Monteiro (MG)Valmir Assunção (BA) e Amauri Teixeira (BA) também se pronunciaram sobre a reeleição da presidenta e os abusos da imprensa.
Benildes Rodrigues

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