Violência contra manifestante é repressão orquestrada por golpistas, denunciam petistas

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O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) denunciaram, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (5), no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, a repressão orquestrada pelo governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), em conluio com o presidente golpista Temer Golpista (PMDB) como forma de intimidar a participação popular em atos contrários a seus governos.

“Queremos a proteção ao direito sagrado da manifestação do pensamento e não a repressão orquestrada contra os movimentos sociais, contra as manifestações”, disse Paulo Teixeira. “Como bem disse o senador Lindbergh. Esse não é um fato isolado. A equipe de Segurança Pública de São Paulo foi constituída pelo atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes”, alertou Paulo Teixeira sobre o DNA da polícia de Alckmin.

Os petistas estiveram na linha de frente da manifestação que ocorreu ontem em SP e sofreram os ataques dos policiais militares, que reprimiram uma manifestação pacífica de 100 mil pessoas. O protesto saiu da Avenida Paulista e chegou ao Largo do Batata sem um incidente. Já na dispersão, quando as pessoas estavam voltando para casa, os policiais espancaram manifestantes, lançaram gás lacrimogênio e jogaram bombas de efeito moral, num ato sem propósito.

Paulo Teixeira e Lindbergh anunciaram que vão recorrer à Organização dos Estados Americanos (OEA) contra a onda de violência que vem sendo praticada contra as manifestações. “Vamos fazer uma denúncia à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA sobre o que está acontecendo aqui. Não podemos deixar em branco o que aconteceu ontem. Vamos entrar com essa representação, vamos esquentar o tom. O que está acontecendo no Brasil não é só o afastamento da presidenta. Nos preocupa os próximos passos, a criminalização dos movimentos sociais. Isso é gravíssimo”, disse Lindbergh Farias.

O senador afirmou ainda que a ideia da coletiva foi para mandar um recado aos golpistas: “Não vamos nos calar frente a gravidade que estamos vivendo neste momento da vida política nacional. Não dá para encarar isso como algo normal”, observou Lindbergh, que relatou também os atos de violência que ele, o deputado Paulo Teixeira e o ex-ministro de Ciência e Tecnologia do Governo Lula Roberto Amaral sofreram no momento final do ato pacífico.

“Sinceramente, acho que o objetivo de tudo isso é passar para a população aquelas imagens de confronto para tentar assustar as pessoas e diminuir a força dos movimentos. Quero dizer que acho isso gravíssimo. Não podemos mais manifestar com liberdade?”, questionou o senador, que traz na bagagem a liderança dos movimentos que levaram ao impedimento de Collor e que questionaram os arrochos do governo de Fernando Henrique Cardoso.

“Se o Alckmin e o Golpista querem fazer isso é porque é uma ação orientada. O que nos chama a atenção é o endurecimento aqui em São Paulo, mas, também, em todos os estados do País. Parece que tem coisa ordenada por esse governo”, estranhou. “Não podemos aceitar essa escalada autoritária. Precisamos dar um basta! Não vamos nos intimidar”, reafirmou Lindbergh.

Provocação – O deputado Paulo Teixeira fez questão de responder à provocação do governo golpista de Golpista, que, em viagem à China, disse que o número de manifestante na Avenida Paulista não passaria de 40. “É um fato relevante para ele o número de pessoas na Paulista. Se é relevante, ele recebeu uma resposta contundente”, afirmou Teixeira, que lembrou que a avenida, símbolo de protestos e manifestações, recebeu ontem mais de 100 mil pessoas que gritaram para o mundo todo ouvir: “Fora Golpista”.

“A cada ato de violência, vai dobrar o número de pessoas, em solidariedade contra o regime de exceção, contra a quebra do nosso poder constitucional”, salientou Teixeira que ainda reforçou sobre o momento de autoritarismo que o Brasil vive. “Tem uma escalada de violência articulada sendo executada”, denunciou o deputado.

Benildes Rodrigues
Foto: Google

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