Ajuste não afetará áreas sociais e investimento público, afirma líder do governo

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Em entrevista nesta segunda-feira (23), o líder do governo na Câmara, deputado José  Guimarães (PT-CE) afirmou que, nesta semana, a centralidade do debate na Câmara será o ajuste fiscal.  Segundo ele, o governo, o Congresso e as centrais sindicais vão debater o tema à exaustão e, que, as medidas adotadas não podem afetar as políticas sociais e o investimento público.

“A presidenta Dilma anunciou hoje grandes cortes nas despesas do governo mas, evidentemente, eles não podem afetar as áreas sociais, o investimento público e, principalmente, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, afirmou o líder do governo.

Para José Guimarães, o corte nas despesas de custeio da máquina pública sinaliza para a sociedade que o governo está fazendo a sua parte. “Nós vamos fazer além daquilo que era a expectativa da população. É fundamental o governo diminuir despesa de custeio. Mantendo, evidentemente, a espinha dorsal das políticas públicas que são essenciais para manter a retomada do crescimento”, disse.

Indexação – Sobre a regra que trata da indexação do reajuste de salário mínimo para os pensionistas e aposentados, Guimarães assegurou que o tema será debatido com todas as bancadas. Ele lembrou que o governo foi o grande condutor da política de valorização do salário mínimo em vigor.  Para o deputado, a correção dos benefícios previdenciários nos mesmos índices de correção do salário mínimo é impraticável.

“As regras estabelecidas na política do salário mínimo que aprovamos valem até 2019. Indexar isso é um risco grande. É colocar em risco o ajuste fiscal. Por isso vamos dialogar com os líderes da base, com o Congresso, mostrando que todos, num momento como este, precisam sinalizar que o Brasil continuará no rumo da estabilidade e, principalmente, com a retomada do crescimento, que é o principal objetivo”, explicou Guimarães.

Sinalização - José Guimarães disse que os líderes da base aliada aguardam um posicionamento da bancada do PT sobre o ajuste fiscal. “É fundamental o PT anunciar que vai bancar o ajuste. A hora que o PT anunciar, evidentemente os partidos da base anunciam também porque estão esperando a primeira palavra, que é a da bancada do PT”.

Oposição – Para Guimarães, a oposição não pode continuar apostando  no “quanto pior, melhor”. “Vamos dialogar com a oposição sobre o ajuste porque, independentemente das disputas politicas, do que vai acontecer, o Brasil precisa de um gesto do Congresso e o Congresso precisa fazer esse gesto nesses próximos dias”, frisou.

Benildes Rodrigues

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