Brasil retomará autossuficiência em petróleo; Graça Foster cala oposição

 
Desde 2006, lembrou, o Brasil é autossuficiente na produção e consumo de petróleo. A mudança desse quadro só ocorreu, explicou a presidente, devido ao aumento de consumo de derivados. No entanto ela frisou que o Brasil não era autossuficiente em derivados, mas que esse quadro tende a mudar. “Não fomos autossuficientes em derivados, em nenhuma época. Sempre importamos diesel, gasolina, entre outros combustíveis. Em 2020, seremos”, garantiu.

Graça Foster explicou que isso ocorrerá porque o consumo de derivados pode atingir 3,4 milhões de barris por dia, a partir da construção das novas refinarias que elevarão a capacidade do refino. Além disso, ela observou que o Brasil, com aportes de recursos para investir no setor, terá também a capacidade para exportar.

Investimento - A presidente da Petrobras adiantou que a empresa trabalha com a estimativa de investimento para 2012 na ordem de R$ 87,5 bilhões. Ela disse ainda que essa tendência está embasada nos resultados históricos da empresa. Graça Foster explicou que os investimentos chegaram à casa de R$ 70 bilhões em 2009, de R$ 76,4 bilhões em 2010 e R$ 72,6 bilhões, em 2011.

Oposição – A dirigente compareceu à audiência da CFF atendendo requerimento da oposição, que exigiu explicação sobre o plano de negócios da empresa. Os deputados petistas Luiz Alberto (BA), Carlos Zarattini (SP), Vicente Cândido (SP) e Fernando Ferro (PE) foram taxativos em rechaçar o comportamento de integrantes da oposição que utilizam da Petrobras para fazer o embate político.

“O discurso da oposição é uma campanha orquestrada para descontruir o sucesso da Petrobras. Eles querem descontruir a política de conteúdo local implementada pelos governos democrático e popular do PT e aliados. Vivi os momentos dramáticos da empresa no governo de FHC. Nesse período, a Petrobras foi fatiada, sucateada. Os números mostram os avanços da companhia. A política de sucesso da Petrobras incomoda”, afirmou Luiz Alberto.

Carlos Zarattini avaliou as ações da oposição como “ataque especulativo contra a Petrobras”. Ele questiona os objetivos que se encontram por trás desses ataques. “Não sabemos quais os interesses, mas, evidentemente, o objetivo é o de diminuir a importância da empresa”. Ele classificou de “estranha” a afirmativa de que Petrobras vive uma situação dramática. “É muito estranho essa afirmação. Qual o objetivo da oposição? Os fatores que levaram a um resultado pontual negativo foram amplamente esclarecidos”, observou Zarattini.

Já o deputado Vicente Cândido disse que a oposição tem dificuldade de reconhecer que a Petrobras, em breve, chegará a um patamar de US$ 236 bilhões em carteira de investimento. “A oposição tem dificuldade de reconhecer o arranjo que está sendo feito. Acho que a oposição vai ter que ser mais criativa para achar defeitos. Em 2014 voltaremos a ser autossuficientes na produção e, em 2020, nos derivados”, lembrou Vicente Cândido.

O deputado Fernando Ferro rebateu a oposição: “A Petrobras é uma empresa que não está em situação dramática”. De acordo com Ferro, fato inegável é que a “empresa administrada por sindicalistas transformou-se numa das principais empresas de petróleo do mundo”.
Benildes Rodrigues

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