Mais Médicos: Petistas questionam argumentos de opositores


Os deputados Rogério Carvalho (PT-SE) e Dr. Rosinha (PT-PR) criticaram tentativa de alguns setores da área médica de polemizar sobre a vinda de médicos estrangeiros para atuar no Brasil, especificamente, sobre a contratação dos médicos cubanos. Para os petistas, os argumentos sustentados por aqueles que torcem contra o programa, não passam de “cortina de fumaça” para desviar o foco.

 “A ideologização desse debate é uma cortina de fumaça para esconder um problema sério, que é a falta de médicos e a indisponibilidade desses médicos em atuar nas regiões com dificuldades de fixação desse profissional. A vinda desses profissionais é uma questão de humanidade”, defendeu Rogério Carvalho.

Para Carvalho, o que está por trás da posição sustentada por algumas entidades médicas contrárias às medidas adotadas pelo governo é a reserva de mercado e a insensibilidade daqueles que têm acesso a médicos e a serviços de saúde.

Rogério Carvalho refutou também a justificativa apresentada pelos opositores de que os profissionais vindo de outros países  não são qualificados e de que a prestarão desse serviço por esses profissionais caracteriza trabalho escravo.

 “O governo tomou a decisão da forma mais adequada e através de um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que é um organismo internacional de cooperação multilateral, legítimo, que sabe a importância e conhece a prática e a experiência desses profissionais”, avaliou Carvalho.

O presidente da Comissão de Seguridade e Família, Dr. Rosinha compartilha da mesma opinião. Ele lembrou que os médicos estrangeiros só estão sendo contratados porque os brasileiros não atenderam ao chamado feito pelo Programa Mais Médicos. Além disso, Dr. Rosinha ressaltou que a questão salarial levantada por algumas entidades médicas não procede.

“Não dá para alegar que o salário é ruim porque há médicos nas capitais registrados com salários inferiores aos R$ 10 mil oferecidos pelo programa Mais Médicos”, ressaltou Dr. Rosinha

O petista classificou de “correta” a postura do governo em contratar profissionais formados em outros países. “Esses médicos são bem-vindos. A população brasileira agradece porque a maioria do nosso povo não tem acesso a médico. O que estamos fazendo é dar esse acesso a essa parcela da população tão sofrida”.

Cubanos – Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a vinda de quatro mil médicos cubanos até o fim do ano. Eles vão atuar nos municípios que não foram selecionados pelos médicos inscritos na primeira fase do programa Mais Médicos.

No primeiro momento, os 400 médicos cubanos que chegaram nesta segunda-feira (26) vão suprir a demanda de parte das 701 cidades que não foram escolhidas pelos médicos que participarão do programa.

Para o mês de outubro espera-se a vinda de mais 2 mil médicos cubanos para dar continuidade à segunda fase do programa.

Benildes Rodrigues

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