Funcionalismo público nunca foi tão valorizado como nos governos do PT, diz líder

    

                
jilmartatto-entrevista-070812O líder da bancada do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), disse nesta quinta-feira (9) que “ nunca antes, na história do Brasil, o funcionalismo público foi tão valorizado como no governo Lula e, agora, no governo Dilma”. A afirmação foi feita hoje ao ser indagado por jornalistas sobre a greve de parte do funcionalismo público.
O líder petista fez questão de lembrar que a categoria ficou oito anos sob arrocho salarial no governo de FHC (1995-2002), situação que se inverteu a partir de 2003, com os governos do PT. Com Lula e Dilma, foram garantidos a valorização profissional, aumentos reais acima da inflação e realização de concursos públicos para o preenchimento de vagas ociosas.
O líder observou que o governo está negociando com os servidores, num processo que envolve também diálogo com as centrais sindicais, sindicatos e federações. No caso do aumento dos professores das universidades federais, a questão está praticamente equacionada, adiantou.
Ele recordou sua própria trajetória sindical e assinalou: “Já estive nos dois lados do balcão. Faz parte da democracia. O direito de greve é legítimo. Não vamos, agora, criminalizar. O que se pede é bom senso em nome do país”.
Sobre os reajustes que poderão ser concedidos, ele lembrou que é preciso finalizar a proposta orçamentária que será enviada pelo governo ao Congresso até o fim deste mês.
PRUDÊNCIA - Jilmar Tatto recomendou prudência e reafirmou que o governo tem empreendido esforços no sentido de potencializar o crescimento econômico, num momento que que a crise econômica mundial inspira cuidados. Em vários países, sobretudo na Europa, há desemprego em massa e, em alguns casos, até diminuição dos salários de funcionários públicos.
Nos esforços para incrementar a economia, segundo o líder, o governo estuda a redução da tarifa de energia elétrica e um pacote ligado às concessões na área de energia, transportes e ferrovia.
“O governo está trabalhando para garantir um crescimento adequado. Não podemos, neste momento, jogar tudo no funcionalismo. Precisamos fazer uma equação de tal maneira que toda a sociedade ganhe”. Para Tatto “é preciso ter bom senso e garantir os serviços essenciais à população”.
Para Jilmar Tatto, durante os 30 anos de história do PT, o partido mostrou que sabe dialogar e sempre trabalhou as dificuldades. Segundo ele, é preciso pensar o país e, nesse sentido, o Congresso Nacional deve dar sua contribuição, inserindo na agenda debate sobre a estrutura do Estado brasileiro.
“Vou propor que o Congresso repense a estrutura do funcionalismo. É preciso repensar toda a estrutura do Estado brasileiro para que tenhamos funcionários bem pagos, profissionais competentes e serviço público que atenda a população”, disse o líder do PT.
Para Jilmar Tatto, repensar o Estado é aumentar a eficiência. Segundo ele, é necessário potencializar alguns setores, criar planos de carreira e diminuir alguns setores do funcionalismo. “É preciso fazer um grande debate sobre a reestruturação do Estado. Talvez esse movimento grevista sirva para essa reflexão”, avaliou Tatto. Um exemplo citado por ele foi a possível criação de uma carreira de Estado para médicos, suprindo assim a carência desses profissionais em certas regiões do Brasil.
Paraguai – Sobre a “ameaça” do presidente do Paraguai, Federico Franco, de suspender o repasse de energia excedente da hidrelétrica de Itaipu para o Brasil, o líder petista qualificou como “blefe”. Além de o país vizinho não ter capacidade de absorver o excedente, Tatto frisou que o Congresso Nacional aprovou no ano passado aumento no valor pago à energia comprada ao Paraguai.
“O Paraguai passou a receber a mais do que havia sido acertado originalmente. Se deixar de fornecer ao Brasil a energia que sobra, vai mandar para onde? Não é para valer, não acredito nisso. O bom senso deve prevalecer”, disse Jilmar Tatto.
Benildes Rodrigues
texto publicado originalmente no site PT Na Câmara

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