CPMI: Depoimento aponta contradição e reforça pedido de quebra de sigilo de Perillo

CPMIPAULOTEIXEIRAODAIR050612O empresário Walter Paulo de Oliveira Santiago afirmou nesta terça-feira (5), à CPMI do Caso Cachoeira, que é o comprador do imóvel do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO). Segundo o empresário, pagamento de R$ 1,4 mil, foi feito a ele em espécie.
A versão de Walter Paulo Santiago contradiz a explicação sustentada pelo governador tucano que tem dito que recebeu três cheques, dois no valor de R$ 500 mil e um de R$ 400 mil, num total de R$ 1,4 milhão.

O empresário disse ainda que esse montante em dinheiro vivo foi repassado ao ex-vereador tucano, Wladimir Garcez e a Lúcio Fiuza, assessor do governador Marconi Perillo. O depoente reforçou ainda que, se o governador Marconi Perillo recebeu o valor em cheque, não foi dado por ele.

Na avaliação do relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), o depoimento de Walter Santiago e a afirmação do governador Marconi Perillo apontam contradições que levam à abertura das contas do governador tucano. “Temos duas hipóteses. Primeiro, alguém está mentindo. Segundo, o governador pode ter recebido o mesmo valor pago pela casa, duas vezes. A contradição no depoimento de Walter Paulo amplia a necessidade de quebra do sigilo do governador Marconi Perillo”, afirmou Odair Cunha em entrevista após o depoimento.

O empresário Walter Santiago, dono das faculdades Padrão afirmou que é apenas administrador da empresa Mestra, constituída no ano de 2006. De lá pra cá, explicou o depoente, a empresa acumulou apenas dois bens: “um lote e uma casa”. A casa a que ele se refere é a comprada do governador goiano.

Para o relator, ficou evidenciado que, mesmo negando ser o proprietário, a ideia de criação e o controle da empresa eram do Walter Paulo. Com isso, explicou o relator, pode-se concluir que se trata de uma empresa “laranja”.

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), presidente em exercício da CPMI, o depoimento do empresário complica a situação do governador Marconi Perillo.   “O conjunto da obra mostra que o governador Perillo tem muito a explicar. Vladimir Garcez afirmou que era o responsável pela compra da casa no valor de R$ 1,4 mil e que esse montante foi empréstimo de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta e braço direito de Carlos Cachoeira. A oitiva de Walter Santiago, no dia de hoje, aponta contradições que complicam a situação do governador”. avaliou Paulo Teixeira.
Benildes Rodrigues

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