Marconi Perillo tem muito a explicar, diz líder do PT sobre depoimento de governador

     
jilmartatto1604121O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), disse nesta segunda-feira (11), que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), “tem muito a explicar” sobre as versões conflitantes que envolvem sua relação com o contraventor Carlos Cachoeira. Perillo depõe nesta terça-feira (12), na CPMI que investiga o envolvimento de agentes públicos e privados com o crime organizado, liderado pelo empresário do jogo do bicho.

“Os depoimentos na CPMI confirmaram o envolvimento de Marconi Perillo com o contraventor. As oitivas contradizem a versão do governador sobre a venda da casa. Além do imóvel, existem as indicações de secretários de governo que foram feitas para beneficiar a quadrilha do Cachoeira . São evidências que precisam ser explicadas”, disse Jilmar Tatto.

Em relação às notícias veiculadas pelos órgãos de imprensa deste final de semana, que trazem a informação de que Cachoeira confirma intermediação na venda da casa de Perillo, o líder petista disse que as declarações reforçam a necessidade da abertura das contas do governador tucano. “A quebra de sigilo do governador Perillo é importante para se chegar à verdade dos fatos”, avaliou Jilmar Tatto.

Escuta – O noticiário do fim de semana trouxe trechos das escutas telefônicas da Polícia Federal (PF) que mostram diálogo entre Cachoeira e o ex-vereador do PSDB e ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladimir Henrique Garcez. A conversa descreve a participação do empresário do jogo do bicho na negociação da mansão de Marconi Perillo. Na conversação, o contraventor chega a ordenar a entrega do montante de dinheiro na sede do Governo do Estado de Goiás, o Palácio das Esmeraldas.

Contradição – O depoimento do delegado da Polícia Federal, Matheus Mella Rodrigues à comissão, relatado pelos integrantes da CPMI, revela que o intermediário na compra da casa foi o sobrinho de Cachoeira, Leonardo de Almeida Ramos que emitiu três cheques nominais para quitação do imóvel, no valor de R$ 1,4 mil.

Já Wladimir Garcez, quando depôs à CPMI, isentou Carlos Cachoeira da compra da casa em nome de Marconi Perillo. Ele disse que comprou a casa de luxo e, que, para isso, contou com a colaboração de Cláudio Abreu, que emprestou três cheques para quitar a compra.

A versão de Walter Paulo Santiago, dono da empresa Mestra, contradiz a explicação sustentada pelo governador tucano que tem dito que recebeu três cheques, dois no valor de R$ 500 mil e um de R$ 400 mil, num total de R$ 1,4 milhão. O empresário disse que esse montante em dinheiro vivo foi repassado ao ex-vereador tucano, Wladimir Garcez e a Lúcio Fiuza, assessor do governador Marconi Perillo para a compra da casa.
Benildes Rodrigues

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