Empresária apresenta documento que compromete ainda mais governador tucano

 odaircpmi030712A empresária Ana Cardozo de Lorenzo, proprietária da empresa Serpes Pesquisa de Opinião e Mercado, responsável pela campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás, em 2010, não compareceu ao depoimento da CPMI do Caso Cachoeira marcado para esta terça-feira (3). No entanto, ela encaminhou documento à comissão em que admite o recebimento de R$ 28 mil da empresa Alberto & Pantoja Construções, referentes a pagamento de prestação de serviços na campanha de 2010, do governador tucano Marconi Perillo.

A empresa Alberto& Pantoja foi classificada, pela Polícia Federal, como empresa “laranja” de propriedade do contraventor Carlos Cachoeira.

Para o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), a depoente apresentou elementos importantes para a investigação. Segundo ele, quem contratou a empresária Ana de Lorenzo, foi o ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo de Paula, braço de Cachoeira no governo de Goiás.

“É um vinculo importante de recursos da organização criminosa que viabilizou pesquisa em período eleitoral. Ana de Lorenzo trouxe um documento assinado por seus advogados que afirmam que os R$ 28 mil foram pagos em razão de serviço prestado, a pedido do Edivaldo de Paula. É um vínculo de alguém que está no governo de Goiás com a organização criminosa”, constatou Odair Cunha.

O relator disse ainda, que foi identificado um montante de R$ 56 mil na conta de Ana de Lorenzo. Desse total, o relator disse que falta identificar a que se referem os outros R$ 28 mil, que totalizam os R$ 56 mil.

Convocações: A comissão analisa na reunião administrativa marcada para esta quinta feira (5) os requerimentos que solicitam a convocação de Carlos Cachoeira e do prefeito de Palmas - TO, Raul Filho (PT). A reconvocação de Cachoeira foi iniciativa do relator. Já a do prefeito petista tem como signatário o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP)e outros integrantes da comissão.

Segundo Odair Cunha, a convocação do empresário do jogo do bicho se dará, uma vez que o próprio Cachoeira se prontificou a contribuir com os trabalhos da comissão. “Cachoeira tem dado sinais de que pode falar à comissão. Ele disse isso textualmente, quando esteve na CPMI, que gostaria de contribuir, mas que seria no momento oportuno. A esposa dele sinalizou em reportagem que ele pode vir a falar. Vamos, então, deixar esse requerimento aprovado para esse momento oportuno”, reiterou o relator.

Em relação à aprovação da oitiva do prefeito Raul filho, Odair disse que a comissão vai analisar o pedido, mas que ele, pessoalmente, é da opinião que o prefeito deve comparecer à comissão e prestar os esclarecimentos.

Vídeo - O prefeito Raul filho aparece em vídeo, gravado em 2004, durante a campanha que o elegeu, pela primeira vez, à Prefeitura de Palmas, negociando contribuição de campanha em troca de benefícios que a quadrilha do contraventor Carlos Cachoeira teria em seu governo. O vídeo, segundo o relator, faz parte da videoteca de Carlos Cachoeira, apreendido pela PF.
Benildes Rodrigues
texto postado originalmente no site PT na Câmara

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