Declaração do procurador não contribui com os trabalhos da CPMI, avaliam petistas
O Procurador atribuiu as críticas à sua atuação nas investigações das atividades de Cachoeira a motivação políticas, citando o processo do mensalão.
De acordo com os petistas, as declarações do procurador não contribuem com os trabalhos da CPMI e não respondem a pergunta da sociedade brasileira sobre o “engavetamento” do inquérito da Operação Vegas desencadeada pela Polícia Federal.
“Acusações não ajudam no debate. O procurador-geral da República precisa explicar porque o Ministério Público não pediu abertura de inquérito no momento que recebeu os autos da Operação Vegas, em 2009”, argumentou Paulo Teixeira.
De acordo com Teixeira, o não prosseguimento da investigação poderia ter alterado o processo eleitoral de 2010. “Com essa informação o eleitor teria um dado novo para fazer sua escolha. Isso lhe foi sonegado”, ressaltou o petista. Se as investigações não tivessem sido paralisadas, alguns dos parlamentares não teriam sido eleitos, completou.
Na avaliação de Dr. Rosinha, mais grave do que a alteração do resultado eleitoral é o fato da quadrilha ter agido e se articulado no período em que o processo ficou parado.
“A paralização da investigação permitiu que o crime organizado continuasse operando, sem ser detido, sem ser investigado. Só com a operação Monte Carlo a quadrilha foi desbaratada. A população brasileira merece uma explicação sobre esse fato”, defendeu Dr. Rosinha.
Marconi Perillo - Parlamentares que participaram da oitiva do delegado da Polícia Federal, Matheus Mella Rodrigues, que conduziu a Operação Monte Carlo, nesta quinta-feira, adiantaram que além de reuniões e jantares, Carlos Cachoeira “quitou” um apartamento de propriedade do governador Marconi Perillo. O pagamento foi feito pelo sobrinho do contraventor, Leonardo de Almeida Ramos que emitiu três cheques nominais, no valor de R$ 600; R$ 500 e R$ 400 mil, respectivamente.
Carlos Cachoeira ainda entregou, segundo parlamentares, uma “caixa de dinheiro” contendo cerca de R$ 500 mil no Palácio das Esmeraldas, sede de governo de Goiás. A remessa foi feita por Lúcio Fiúza, assessor especial para Assuntos Sociais do Governo do Estado de Goiás.
Benildes Rodrigues
texto publicado originalmente no site PT na Câmara
Comentários
Postar um comentário