Ideli nega irregularidade na aquisição de lanchas pelo Ministério da Pesca
A
ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da
República, Ideli Salvatti, prestou esclarecimento nesta quarta-feira
(16), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e
negou qualquer irregularidade na aquisição de 28 lanchas por parte do
Ministério da Pesca. O deputado Edson Santos (PT-RJ) presidiu a reunião.
A
ministra informou que o processo licitatório (pregão) e a compra desses
equipamentos foram executados na gestão anterior e, só tomou
conhecimento do fato, em janeiro de 2011, período em que assumiu o
cargo de ministra da pasta.
Ideli
Salvati fez questão de lembrar os parlamentares que a Comissão de Ética
da Presidência da República arquivou, por unanimidade, a representação
do PSDB que pediu à comissão para apurar possível conduta antiética que
ela, porventura, tivesse praticado na condução do Ministério da Pesca.
De
acordo com Ideli, a decisão da Comissão de Ética da Presidência da
República deixou claro que nenhum fato ou documento revelam a falta de
ética no seu comportamento no exercício de suas funções enquanto
ministra. Ideli mostrou aos membros da Comissão de Fiscalização
Financeira e Controle uma certidão emitida pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) que comprova que o nome dela não está incluído em nenhum
dos processos em andamento no Tribunal.
A
ministra negou também qualquer ligação com a empresa Intech Boating que
vendeu as lanchas ao ministério. Ideli rebateu as ilações de que o
contrato com a referida empresa tenha sido para privilegiar doador de
sua campanha, em 2010. A ministra reafirmou que a doação da Intech foi
feita ao comitê financeiro do PT e não para a campanha dela ao governo
de Santa Catarina.
“Nenhuma
pessoa que trabalhou na minha campanha pediu doação a essa empresa. A
doação foi feita ao comitê financeiro do PT. O tribunal eleitoral
aprovou as contas do PT e as minhas. As doações foram feitas dentro da
legalidade”, declarou.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE),
reconheceu o papel “republicano” da Comissão de Ética da Presidência da
República e ressaltou a decisão do colegiado em inocentar a ministra
Ideli Salvati das acusações proferidas pelo PSDB.
“A
decisão da Comissão de Ética Pública em inocentar a ministra Ideli é um
fato que deve ser ressaltado por que é uma atitude republicana perante
a sociedade brasileira. A presença da ministra nesta comissão significa
a vontade de esclarecer ao país e a esta Casa, o que de fato ocorreu.
Isso demonstra capacidade de diálogo, respeito e compromisso”,
ressaltou Guimarães.
Benildes Rodrigues
Postado originalmente no PT na Câmara
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